Uma história de fé,paixão e folclore.

 

Dia de Reis

 

 


Os Três Reis Magos, ou simplesmente Reis Magos ou Magos (em grego: μάγοι, transl. magoi), na tradição cristã, são personagens que teriam visitado Jesus logo após o seu nascimento, trazendo-lhe presentes. Foram mencionados apenas no Evangelho segundo Mateus,onde se afirma que teriam vindo "do leste" para venerar o Cristo, "nascido Rei dos Judeus". Como três presentes foram registrados, diz-se tradicionalmente que tenham sido três, embora Mateus não tenha especificado seu número.São figuras constantes em relatos do natividade e nas comemorações do Natal.


Belchior(também Melchior ou Melquior), Baltasar e Gaspar, não seriam reis nem necessariamente três mas sim, talvez, sacerdotes da religião zoroástrica da Pérsia ou conselheiros. Como não diz quantos eram, diz-se três pela quantia dos presentes oferecidos.

Talvez fossem astrólogos ou astrônomos, pois, segundo consta, viram uma estrela e foram, por isso, até a região onde nascera Jesus, dito o Cristo. Assim os magos sabendo que se tratava do nascimento de um rei, foram ao palácio do cruel rei Herodes em Jerusalém na Judéia. Perguntaram eles ao rei sobre a criança. Este disse nada saber. Herodes alarmou-se e sentiu-se ameaçado, e pediu aos magos que, se o encontrassem, falassem a ele, pois iria adorá-lo também, embora suas intenções fossem a de matá-lo. Até que os magos chegassem ao local onde estava o menino, já havia se passado algum tempo, por causa da distância percorridas, assim a tradição atribuiu à visitação dos Magos o dia 6 de janeiro.

A estrela, conta o evangelho, os precedia e parou por sobre onde estava o menino Jesus. "E vendo a estrela, alegraram-se eles com grande e intenso júbilo" (Mt 2, 10). "Os Magos ofereceram três presentes ao menino Jesus: ouro, incenso e mirra, cujo significado e simbolismo espiritual é, juntamente com a própria visitação dos magos, ser um resumo do evangelho e da fé cristã, embora existam outras especulações respeito do significado das dádivas dadas por eles. O ouro pode representa a realeza (além providência divina para sua futura fuga ao Egito, quando Herodes mandaria matar todos os meninos até dois anos de idade de Belém). O incenso pode representar a fé, pois o incenso é usado nos templos para simbolizar a oração que chega a Deus assim como a fumaça sobe ao céu (Salmos 141:2). A mirra, resina antiséptica usada em embalsamamentos desde o Egito antigo, nos remete ao gênero da morte de Jesus, o martírio, sendo que um composto de mirra e aloés foi usado no embalsamamento de Jesus (João 19: 39 e 40), sendo que estudos no Sudário de Turim encontraram estes produtos.



"Entrando na casa, viram o menino (Jesus), com Maria sua mãe. Prostando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra." (Mt 2, 11).

"Sendo por divina advertência prevenidos em sonho a não voltarem à presença de Herodes, regressaram por outro caminho a sua terra" (Mt 2, 12). Nada mais a Escritura diz sobre essa história cheia de poesia, não havendo também quaisquer outros documentos históricos sobre eles.

Devemos aos Magos a tradição de trocar presentes no Natal. Dos seus presentes dos Magos surgiu essa tradição em celebração do nascimento de Jesus. Em diversos países a principal troca de presentes é feita não no Natal, mas no dia 6 de janeiro, e os pais muitas vezes se fantasiam de reis magos.

A melhor descrição dos reis magos foi feita por São Beda, o Venerável (673-735), que no seu tratado “Excerpta et Colletanea” assim relata: “Melquior era velho de setenta anos, de cabelos e barbas brancas, tendo partido de Ur, terra dos Caldeus. Gaspar era moço, de vinte anos, robusto e partira de uma distante região montanhosa, perto do Mar Cáspio. E Baltasar era mouro, de barba cerrada e com quarenta anos, partira do Golfo Pérsico, na Arábia Feliz”.

Quanto a seus nomes, Gaspar significa “Aquele que vai inspecionar”, Melquior quer dizer: “Meu Rei é Luz”, e Baltasar se traduz por “Deus manifesta o Rei”.

Como se pretendia dizer que representavam os reis de todo o mundo, representando as três raças humanas existentes, em idades diferentes. Assim, Melquior entregou-Lhe ouro em reconhecimento da realeza; Gaspar, incenso em reconhecimento da divindade; e Baltasar, mirra em reconhecimento da humanidade.

A exegese vê na chegada dos reis magos o cumprimento a profecia contida no livro dos Salmos (Sl. 71, 11): “Os reis de toda a terra hão de adorá-Lo”.
Os três Reis Magos adorando o Menino Jesus.




Na antigüidade, o ouro era um presente para um rei, o olíbano (incenso) para um sacerdote, representando a espiritualidade e a mirra, para um profeta (a mirra era usada para embalsamar corpos e, simbolicamente, representava a imortalidade).

Durante a Idade Média começa a devoção dos Reis Magos (e que são "baptizados"), tendo as suas relíquias sido transladadas no séc. VI desde Constantinopla (Istambul) até Milão. Em 1164, com os três já a serem venerados como santos, estas foram colocadas na catedral de Colônia, em Colônia (Alemanha), onde ainda se encontram.

Em várias partes do mundo, há festas e celebrações em honra aos Magos. Com o nome de Festa de Santos Reis há importantes manifestações culturais e folclóricas no Brasil.
Diferentes opiniões quanto a quando o menino Jesus foi visitado

A tradicional crença de que Jesus foi visitado quando do seu nascimento não é consensual entre todas as pessoas. Há pessoas que acreditam que Jesus já possuia uma certa idade. Segundo seus defensores há quatro linhas de evidência para acreditar que Jesus já não era mais um bebé quando recebeu a visita: a tradução para o texto de Mat. 2.11 usa a expressão "uma criancinha", "um menino", e não um bebê em diversas traduções de respeito, como a Almeida; Mat 2.11 também cita que quando Jesus foi encontrado estava em uma casa e não em uma manjedoura; o fato de Herodes mandar matar as crianças de até dois anos e, por último, o fato de Maria ter dado apenas dois pássaros no templo como contribuição pelo nascimento do menino, o que a identificava como muito pobre, e não parte dos presentes que supostamente já teria ganho, já que na visita ela, através de seu filho, ganhou ouro e outros ítens valiosos.

O Dia de Reis, segundo a tradição cristã, seria aquele em que Jesus Cristo recém-nascido recebera a visita de "alguns magos do Oriente" que, segundo o hagiológio, foram três Reis Magos, e que ocorrera no dia 6 de janeiro. A noite do dia 5 de janeiro e madrugada do dia 6 é conhecida como "Noite de Reis".

Histórico

A data marca, para os católicos, o dia para a veneração aos Reis Magos, que a tradição surgida no século VIII converteu nos santos Belchior, Gaspar e Baltazar. Nesta data, ainda, encerram-se para os católicos os festejos natalícios - sendo o dia em que são desarmados os presépios e por conseguinte são retirados todos os enfeites natalícios.

Tradições

Em alguns países, como Espanha, é estimulada entre as crianças a tradição de se deixar sapatos na janela com capim (erva) antes de dormir para que os camelos dos Reis Magos possam se alimentar e retomar viagem. Em troca os Reis magos deixariam doces que as crianças encontram no lugar do capim após acordar. A tradição também consiste em comer Bolo-Rei, no interior do qual se encontra uma fava e um brinde escondidos. A pessoa que encontra a fava deve "pagar" o Bolo-Rei no ano seguinte. Em frança come-se "Buché a la Renne" onde também encontram um brinde no seu interior e a buché também costuma trazer uma coroa, quem encontrar o brinde será rei e será coroado. Feliz dia de Reis -- Em Portugal e também em outros paises as pessoas que moram em pequenas terras costumam ir cantar os reis de porta em porta, as pessoas dão-lhes goluseimas e chouriças etc... No Brasil esta tradição é comemorada com festas onde é servido doces e comidas típicas das regiões. Há ainda festivais com Companhias de Reis (grupo de músicos e dançarinos) que cantam músicas referentes ao evento.

 

 

40ª Festa de Santos Reis Altinópolis-SP

 

Fotos Folia Reis 2011 - A.Imprensa Prefeitura e escola Bauhaus

De sexta a domingo, dias 21, 22 e 23 janeiro de 2012. A agenda completa da programação nas próximas edições do site da prefeitura.

 

Está chegando o dia da Festa de Reis de Altinópolis, a primeira festa urbana de Santos Reis do Estado de São Paulo. Esperado público de 25 mil pessoas.

 

No ano passado, mais de cem barracas de vendedores ambulantes de vários estados também marcaram a festa com a venda de produtos diversos.

 

25 Companhias de Reis dos Estados de São Paulo, Minas e de Santa Catarina já confirmaram presença.

 

A organização é da Associação Folclórica de Altinópolis, com o apoio da Prefeitura e da Câmara dos Vereadores.

 

O organizador da festa, Ronaldo Frighetto explica com emoção: “O momento é profundamente religioso, promove um ano de paz, para que o município seja feliz o ano inteiro e valoriza a vizinhança, as amizades, fortalece nossa fé”.

Missa Campal – Marcada para o dia 22, às 10 horas da manhã, na Praça da Matriz. É o ponto marcante do evento, emocionando a praça, cheia de fiéis devotos da Mater Dolorosa, a Mãe de Deus, com Jesus morto nos braços, após a crucificação.

No ano passado, se observou depoimentos de pessoas que alcançaram graças, tanto pelos pedidos feitos a Nossa Senhora da Piedade como aos três Santos Reis Magos. Segundo a tradição, os três reis foram os primeiros seres humanos a reconhecerem Jesus como Salvador. Nossa Senhora da Piedade de Mato Grosso de Batatais é o antigo nome do município.

 

 

 

A Rainha do Folclore do Nordeste Paulista

 

Segundo a Associação Folclórica de Altinópolis, em 1971, na Praça da Matriz de Altinópolis a cidade começou a ser reconhecida como “a rainha do folclore do nordeste paulista”, por criar a primeira festa em zona urbana do Estado de São Paulo.

 

A Associação Folclórica de Altinópolis foi criada pelo já falecido Antonio Alberto Friguetto. “Ele dizia: Você não pode pensar que vai colher o fruto agora, o fruto é lá na frente”, disse Ronaldo Frighetto, filho de Antonio, que continua a organizar a festa. “É tudo muito complicado, mas estamos tocando”.

 

Antes das festas chegarem na cidade, as companhias da região se reuniam apenas nas fazendas do município. Muitos moradores da cidade não se dispunham a frequentar as fazendas, ou pela distância ou por falta de contato com o meio rural.

 

Segundo relatos, como os recolhidos pelo pesquisador P.I.M.Queiroz, no livro “O Campesinato Brasileiro”, de 1973, as folias de reis são “práticas festivas e religiosas, em geral vinculadas ao universo do chamado catolicismo rústico”.

O momento é de uma relação espiritual especial entre o homem e o divino. A fé entre os participantes da tradição e os seres divinos (Deus, Jesus, Família Sagrada, e os Reis Magos).

 

A tradição da folia de reis encena a viagem dos Reis Magos a Belém para adorar ao Deus-Menino. O ritual sagrado acontece entre 25 de dezembro a 06 de janeiro, mas se replica durante todo o mês de janeiro.

 

Essas manifestações mantêm uma forte presença no interior do Brasil, especialmente nas regiões cafeicultoras e de cana-de-açúcar. Musicólogos como Carlos Rodriguez Brandão (1977) e Alceu Maynard Araújo (1949) confirmam que a tradição é de origem Ibérica e foi trazida ao Brasil por colonizadores portugueses.

 

Na região Sudeste do Brasil a tradição da folia de reis, principalmente nos estados de Minas Gerais e São Paulo é influenciada pela variedade de ritmos regionais. Os versos falam das aspirações pessoais.

 

FOLIA DE REIS: UM POUCO DE NOSSA HISTÓRIA

 

A música é um dos elementos fundamentais desse universo de “reiszeiros”.

A toada, o toque de viola são estilos musicais que não se dissociam das práticas lúdico-religiosas da cultura dos pequenos sitiantes, os autores desse rico universo cultural.

De acordo com estudos realizados por folcloristas,historiadores e etnomusicólogos, muito dessas manifestações são de origem européia e se mesclaram com aspectos da cultura indígena e, em alguns casos, das tradições africanas.

O canto em duas vozes, em intervalo de terça, característico das duplas caipiras, é outra herança européia. É provável que as vozes agudas dos cantores tenham raízes ameríndias, talvez as raízes da chamada música sertaneja. Os dados são de Rosa Nepomuceno, autora do livro “Música Caipira: Da Roça ao Rodeio”.

 

Novidades

12/01/2012 08:19

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05/12/2011 11:31

As saídas das folias

Gostaria de agradecer a atenção de todos que estão mandando suas sugetões e com o tempo vamos abordar todos os assuntos enviados,mas gostaria também que os responsaveis pelas suas folias nos passassem a datas e horarios de saída e chegada para que possamos informa as pessoas onde e quando estão...
16/11/2011 09:55

MILAGRE ESTA DE PARABENS

Parabens:   Gostaria que nesse instante todas aquelas pessoas que contribuiram de alguma forma para que fosse realizada grande festa realizada no ultimo domingo dia 13 de novembro se sentisse abraçadas,não por mim mais por muitas pessoas que estiveram,gostariamos de...
09/11/2011 11:40

II ENCONTRO DE FOLIAS DE REIS EM MILAGRES

SERA REALIZADO NO PRÓXIMO DOMINGO DIA 13/11/2011 O II FESTIVAL DE FOLIAS DE REIS EM MILAGRES,COM A PARTICIPAÇÕES VARIAS COMPANHIAS DE TODA REGIÃO.SERÁ UMA GRANDE FESTA PARA TODOS COM INCIO MARCADO PARA AS 09:00HS,VAI SER UM DIA FESTIVO E MUITO ALEGRE ONDE A COMUNIDADE DE MILAGRE AGUARDA HÁ...
28/10/2011 13:59

Sejam bem vindos amigos

Aqui nesse espaço tentaremos demontrar todo nosso amor,fé e respeito que levamos em nossos corações por SANTOS REIS,tentaremos contar um pouco dessa linda historia onde se mistura a fé com o folclore que é uma tradição no sul de minas e leste paulista,contaremos com ajuda de todos

COMPANIAS DE REIS (FOLIA DE REIS)

Este texto é apenas um esboço sobre as Companias de Reis, não tenho a pretensão nenhuma de torná-lo um texto aprofundado, antes desejo que seja apenas a porta para muitos outros e que sirva de reflexão para aos que dele tomarem conhecimento.

É neste intuito que quero apresentar o meu modo de compreender a Compania de Reis seu sentido, sua origem e seus elementos. Afinal não se pode deixar passar despercebida essa manifestação na realidade cultural de nosso povo, ainda mais, na realidade religiosa que cerca a crença de milhões de brasileiros.

Creio assim que este seja o primeiro tópico a ser trabalhado: Manifestação religiosa.

Muitos historiadores afirmam com clareza que a Folia de Reis chegou a nossas terras trazidas pelos portugueses, sabendo dessa verdade não negamos que nossos patrícios tenham trazido uma manifestação simples, porém que encanta a muitos. Podemos dizer que a folia de reis em seu sentido original, isto é, sua razão de ser esteja justamente sustentada num ato religioso cujo ponto principal é a Adoração dos Magos, tal como nos relata o Evangelho de Mateus 2, 1- 12. É com este texto bíblico que a folia de reis se sustenta se move e caminha, pois tal como fizeram os magos, hoje os foliões de reis querem ir ao encontro do Menino Jesus e prestar-lhe sua homenagem, através de seus cantos e versos.

Elementos da Compania de Reis. Já sabemos que o sentido da Compania de Reis é bíblico partimos agora para seus elementos que de modo geral desde o sul até o norte do Brasil tem a mesma estrutura, a saber:

1º - Os bastiões, alferes, marungos, guardas da bandeira, mascarados, tenentes ou até mesmo o termo palhaço, embora no meu modo de ver este seja o termo menos apropriado, todos esses nomes pertencem àquele que está vestido de forma diferente dos demais foliões. Sua função segue uma antiga tradição que na fuga da Sagrada Família, foram eles que entreteram Herodes e seus soldados enquanto José, Maria e Jesus seguiram rumo ao Egito. Uma outra explicação para esses alferes se encontra numa origem mais antiga sobre a Folia de Reis, cujo papel está ligado a algumas antigas tribos africanas, inclusive a máscara que eles usam, viria desta realidade. Nessas tribos os mascarados tinham uma função de guardar a casa onde havia um recém-nascido. Fato é que o elemento ou o papel do bastião se trata de uma pessoa cujo sentido é mais mitológico que verídico, porém nem por isso deixa de ser menos importante.

Outros elementos encontrados na Folia de reis é o que se chama de Cordão de Cantadores, ou a própria compania de reis. Vamos conhecer um pouco destes.

Embaixador, Mestre ou Capitão é aquele cuja função é iniciar a cantoria, puxar a toada, escolher os versos e na maioria das vezes os versos são feitos de forma improvisada, um outro dado a salientar é que de modo geral estes são trovados.

Contra mestre ou respondedor. É aquele que canta junto ao embaixador, em geral responde ao que o embaixador cantou repetindo suas palavras, levando então os demais cantadores a cantar os versos do mestre.

Ajudante: essa função se encontra na terceira pessoa do cordão é ele quem ajuda o respondedor, se prestarmos bem atenção ele acaba por ajudar mais o embaixador para que o mesmo não precise seguir cantando os versos do inicio ao fim.

Contrato. Este cantador tem uma função muito específica cuja realidade é mudar o tom ou a altura em que os cantadores terão que cantar, ele sobe a altura da voz e em seu ritmo os demais que virão após ele já saberão como devem cantar.

Tipe: É por conta deste que se encontra o apoio que o contrato precisa para aumentar o tom da voz entregando aos demais sem desafinar, o tipe como que recebe o verso em tom alto e afirma com sua voz de modo que o outro chamado Contratipe já sinta o modo de como irá cantar. Por fim temos outras duas vozes o Retipe sendo este o ultimo a repetir o verso que o embaixador cantou seguido enfim pelo Tala aquela voz fininha e alta que encerra o verso entoado. Claro que aqui estou tratando da folia de reis cantada em 8 vozes, mas não podemos esquecer que em boa parte do Brasil existem muitas companias de reis que cantam em apenas 4 vozes ou até mesmo em três vozes, variando segundo a região.

Embora eu tenha deixado por último existe na compania de reis um elemento que ocupa a primazia em relação a lugar, estamos falando da Bandeira de Santos Reis. Geralmente nela vem desenhado o nascimento do Menino Jesus e a adoração dos Magos. A Bandeira sempre enfeitada por fitas e flores recebe a mesma veneração que a imagem de um santo, os devotos muitas vezes por intenção ou promessa sãos os responsáveis por mante-la tão bem enfeitada, não são raros os casos de fotografias nela encontrado, cujo sentido está naquele que pediu e recebeu uma graça especial por intercessão de Santos Reis. A bandeira é conduzida por aquele que chamamos de bandeireiro ou até mesmo um dos nomes aplicados ao bastião, isto é, alferes.

De modo geral é assim que uma Compania de Reis se apresenta claro vale lembrar que as toadas, ritmos e versos seguem a cultura local, quando ouvimos uma folia de reis em Minas Gerais, por exemplo, os ritmos são tantos que nem imaginamos que se trata de grupos do mesmo Estado.

São muitíssimas as histórias que cercam a companias de reis, histórias alegres, de fé ardente, histórias tristes cujos momentos foram desagradáveis, porém em nenhuma circunstância podemos deixar de reconhecer que a Folia de reis com sua característica sertaneja nos revela a simplicidade de um povo acolhedor, de um povo com uma fé simples e pura no seu sentido original. Quantas companias de reis atravessaram e atravessam momentos de chuvas, frio, ou calor propagando o Nascimento de Jesus. Penso em tantos homens que com seu jeito humilde de rezar e cantar animou e anima famílias inteiras quando por ocasião da chegada da compania de reis em seus lares. É assim que devemos enxergar a Compania de reis e penso que seja para isto que a compania de reis deva existir; levar o Evangelho na simplicidade, na alegria sem temer os Herodes da era moderna que busca matar as manifestações simples e singela cuja realidade apresenta a fé em Deus feito carne e que ouve o clamor do seu povo. Permito-me repetir o que já disse Santo Agostinho: Quem canta reza duas vezes.

Agredecimento:

Valmir Donizetti

 

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O "Terno" de Reis ou "Folia" de Reis

 
Monumento aos Reis Magos em Natal, atesta a tradição dos Santos Reis

No Brasil a visitação das casas, que dura do final de dezembro até o dia de Reis, é feita por grupos organizados, muitos dos quais motivados por propósitos sociais e filantrópicos. Cada grupo, chamado em alguns lugares de Folia de Reis, em outros Terno de Reis, é composto por músicos tocando instrumentos, em sua maioria de confecção caseira e artesanal, como tambores, reco-reco, flauta e rabeca (espécie de violino rústico), além da tradicional viola caipira e do acordeão, também conhecida em certas regiões como sanfona, gaita ou pé-de-bode.

Além dos músicos instrumentistas e cantores, o grupo muitas vezes se compõe também de dançarinos, palhaços e outras figuras folclóricas devidamente caracterizadas segundo as lendas e tradições locais. Todos se organizam sob a liderança do Mestre da Folia e seguem com reverência os passos da bandeira, cumprindo rituais tradicionais de inquestionável beleza e riqueza cultural.

As canções são sempre sobre temas religiosos, com exceção daquelas tocadas nas tradicionais paradas para jantares, almoços ou repouso dos foliões, onde acontecem animadas festas com cantorias e danças típicas regionais, como catira, moda de viola e cateretê. Contudo ao contrário dos Reis da tradição, o propósito da folia não é o de levar presentes mas de recebê-los do dono da casa para finalidades filantrópicas, exceto, obviamente, as fartas mesas dos jantares e as bebidas que são oferecidas aos foliões.

Jesus – A História do Nascimento – O filme
No filme Jesus – A História do Nascimento, os escritores interpretam as atividades que cercam o drama de 2000 anos atrás. O nascimento de João Batista, as provações e tribulações de um jovem casal que recebeu uma grande comissão que culmina com o nascimento de Jesus Cristo, assim como os perigos do poder político daquela época, são apresentados de uma maneira informativa para que os que assistem o filme possam ganhar entendimento.

Você também pode ler na Bíblia as palavras que foram escritas cerca de 2000 anos atrás e que descrevem o evento do nascimento de Cristo.

Jesus – A História do Nascimento – A narrativa bíblica
Para ler a narrativa bíblica sobre o nascimento de Jesus, leia Lucas capítulo 2.

O livro de Lucas recorda a visita do anjo aparecendo ao pai de João Batista, o qual era o sacerdote que servia no templo de Deus. Ao ler a história, você vai notar que Maria, a mãe de Jesus, e Isabel, a mãe de João Batista, eram parentes. Lucas também registra a visita entre as duas mulheres e a canção de Maria.

Lucas descreve o nascimento de Jesus na cidade de Belém. As circunstâncias do Seu nascimento em uma manjedoura e a aparição da multidão dos exércitos celestiais e dos pastores são os acontecimentos principais daquele momento.

Mateus também narra a história da natividade. Mateus começa com a genealogia de Jesus Cristo. A descendência começa com Abraão até José, o marido de Maria. Ele narra o anúncio angelical à Maria, que ela tinha sido a escolhida entre todas as outras mulheres hebraicas para ser a progenitora de Jesus.

Logo depois do nascimento, o rei Herodes entreteve os Reis Magos do Oriente. Como a maioria das figuras políticas não gostam de seus rivais, o Rei Herodes estava determinado a achar esse "novo rei" e tentou destruir todas as crianças que tinham nascido na época em que os Reis Magos tinham visto a estrela que anunciava o nascimento de Jesus.

A jovem família fugiu ao Egito, guiados pelo Espírito Santo, para viver de forma segura até a morte do rei Herodes. Então eles retornaram a Nazaré, onde Jesus cresceu e ficou conhecido como o filho do carpinteiro.

Todos esses eventos foram profetizados ao longo do Antigo Testamento. Você pode encontrar referências a Jesus nos Salmos e em outros livros. Deus é o grande Condutor que orquestrou cada evento extraordinário de tal forma que não poderia ser duplicado pelo homem. Deus planejou salvar Sua criação desde o início dos tempos.

Todos os seguidores de Deus no Antigo Testamento olhavam adiante, à vinda de Cristo, para a sua salvação. Os sacrifícios diários executados naquela época eram a única expiação à qual tinham acesso até quando Cristo veio ao mundo em carne e pagou o preço pelos nossos pecados de uma vez por todas.

UM MUNDO COMPLEXO
Os palhaços são personagens sempre cercados de obrigações, regras e restrições. Eles devem permanecer do lado de fora das casas dos devotos até o momento de sua apresentação e, por vezes, considera-se perigoso tocar em suas vestes ou máscara.

O motivo de tanto cuidado com esses personagens misteriosos está nos significados a eles atribuídos. Algumas interpretações os relacionam com o diabo (o cão), com o rei Herodes ou com seus soldados, que teriam saído em perseguição para matar o menino Jesus, segundo os mitos narrados.

Palhaços estão aparentemente mais ligados à esfera profana, mas seu vínculo com a folia se dá certamente pela via sagrada. Uma pessoa, por exemplo, torna-se um palhaço, muitas vezes, em decorrência do pagamento de uma promessa feita aos reis magos.

A brincadeira do palhaço é, de certa forma, o lugar potencial da subversão, da desordem, da criatividade, em contraste com a formalidade e a solenidade do canto, da música, das palavras e dos gestos dos foliões. Essas oposições parecem evidenciar um sistema simbólico que aponta para o fato de que foliões e devotos compõem uma visão totalizadora do mundo.

A característica mais marcante do palhaço, entretanto, parece ser sua ambivalência. O palhaço pode ser visto como um ser liminar que tem o poder de transitar entre os domínios do puro e do impuro, do bem e do mal. Sua ambivalência é atestada pela ideia difundida entre foliões de que um bom palhaço deve ter tanto conhecimento sobre as profecias quanto um mestre, podendo até mesmo substituí-lo em uma eventualidade.

A ambiguidade própria do palhaço o leva a lidar concretamente com forças perigosas decorrentes da ação das divindades ou dos próprios homens. Por esta razão, muitos são os preparativos que os palhaços devem realizar antes de se fardar e sair em uma folia. Ele rezam, acendem velas, louvam a bandeira, são purificados por passes de benzedeiras etc. Os palhaços também acreditam ser alvo frequente de bruxaria, muitas vezes causada por disputas e rivalidades, nas quais pode estar em jogo a manutenção de certo prestígio pessoal. Palhaços ficam mudos ou desmaiam e atribuem o fato, com frequência, a ações malfazejas realizadas por grupos de foliões rivais.

Importância do personagem está em renovar e atualizar

Para receber a bandeira de volta, ao fim do longo ciclo de visitações, o altar deve estar cuidadosamente arrumado, com imagens de santos, lâmpadas coloridas e enfeites natalinos. Nessa ocasião, os foliões passam por um ritual especialmente importante, no qual se despedem da bandeira. Os palhaços retiram as máscaras e caminham de joelhos em direção à bandeira, deitando-se de bruços diante dela.

Diz-se que, nessa ocasião, os palhaços estão pedindo perdão pela perseguição ao menino Jesus, como aparece nos mitos, e declarando-se arrependidos. Trata-se de uma conversão simbólica, por meio da qual é confirmada a supremacia moral do bem contra o mal, da ordem contra a desordem. Uma das muitas explicações que foliões dão para o uso de máscaras pelos palhaços é que, de acordo com os mitos, soldados de Herodes que se converteram, ao ver o menino Jesus, as teriam adotado para que o próprio Herodes não os reconhecesse e acusasse de traição.

A importância do palhaço está em confirmar ideias, valores morais e visão de mundo de foliões e devotos e, ao mesmo tempo, renová-los e atualizá-los por meio de seu poder criativo. Por meio da Folia de Reis, manifestação cultural na qual a relação entre mito e rito, pensamento e ação, ocupa lugar central, foliões e devotos ordenam continuamente o mundo. Transmitir esses saberes na forma de uma tradição é, necessariamente, recriá-la.

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